O curso de História da Faculdade de Educação, Ciências e Letras do Sertão Central - FECLESC, após hiato de 5 anos, realizará a XI Semana de História nos dias 03 a 07 de Junho. O evento, que acontecerá dentro da semana de comemoração de 30 anos da universidade, abordará o tema Memórias e Instituições.
As inscrições estão abertas e acontecerão até o dia 17 de Maio para interessados em apresentar trabalho e 03 de Junho para ouvintes.

O Prof. Dr. Durval Muniz, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, fará a Conferência de Abertura, que terá como tema "Olhos de Poeira: entre evidências e vidências, o que vê os historiadores".

Sobre o Evento


Datas

Inscrições para ouvintes, mini-cursos e oficina: 15 de abril a 03 de junho de 2013.
Inscrição dos trabalhos: 15 de abril a 17 de maio.
Resultado dos trabalhos aprovados: 24 de Maio
Entrega da versão completa do trabalho: 02 de agosto

A inscrição no encontro será feito exclusivamente pelo site       www.uece.br/eventos/xisemanadehistoriadafeclesc

 Taxas de inscrição:

R$ 10,00 Ouvinte
R$ 15,00 Apresentação de Trabalho -  Graduando
R$ 30,00 Apresentação de Trabalho  - Profissional

Obs: Depósito na conta corrente de Edmilson Alves Maia Jr. Banco do Brasil Ag. 0241-0, conta corrente 37552-7. Feito o pagamento, através de depósito ou transferência, deve-se enviar o comprovante escaneado para o e-mail: rolimtacito@yahoo.com.br com a identificação no assunto: pagamento historia

Todos os ouvintes terão direito a assistir a todas as mesas-redondas, conferência, oficina e mini-cursos.

 MINI-CURSOS

Todos os mini-cursos  são no horário da manhã, com exceção do ministrado pelo prof. Durval Muniz à noite que não tem limite de vagas. Os outros têm um limite de 20 vagas.

 1-      "ESCOLA, RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS E AS AÇÕES AFIRMATIVAS EM DEBATE".

Ministrantes :

Prof. Ms. Vilarin Barbosa Barros (FECLESC - UECE)
Profa. Ms. Karla Torquato dos Anjos Barros (FECLESC - UECE).

RESUMO:

Neste mini-curso, propomos discutir o impacto das políticas de ações afirmativas na sociedade brasileira no tocante à questão das relações étnico-raciais e a função social da escola na contemporaneidade. Mas, qual a relevância desse debate nos dias atuais? Ao revisitar a problemática da disciplina de História nos últimos anos, um movimento expressivo que merece ser registrado e analisado refere-se às demandas dos grupos sociais. A partir da década de 1970, intensificou-se a mobilização de mulheres, negros e indígenas, entre outros grupos, contra o racismo, os preconceitos, a marginalização e as diversas formas de dominação e exclusão. Tais movimentos foram conquistando espaço por meio de lutas específicas no campo da cultura, da educação e da cidadania. Nesse contexto, em 2003 foi sancionada a Lei Federal 10.639, determinando a inclusão obrigatória, no currículo da rede de ensino, do estudo da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Já em 2004 foram instituídas as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Estas conquistas tem possibilitado a implementação de políticas de ações afirmativas, promovendo o debate, o reconhecimento e a valorização da história, cultura e identidade da população negra na sociedade brasileira. Portanto, pensando essa conjuntura atual é que refletiremos sobre o papel da escola e as relações étnico-raciais no Brasil.

2-       A RELIGIÃO COMO OBJETO DA HISTÓRIA

Ministrante:

Prof. Dr. Marcos José Diniz Silva (UECE/FECLESC)

RESUMO:

Busca-se refletir sobre o fato de que a atualidade historiográfica demanda cada vez mais o aprofundamento das condições teóricas e empíricas no trato da história religiosa. Essa exigência decorre, em primeiro lugar, das dinâmicas religiosas do mundo atual colocando questionamentos sobre os reais níveis de secularização do Ocidente e suas manifestações no mundo oriental, exigindo uma nova postura sobre o lugar da religião na política e nos espaços públicos, de tal modo que o chamado "retorno do religioso" passou a ser questionado, indicando mais talvez uma existência que não tenha sido percebida pelos estudiosos do que um suposto desaparecimento/ressurgimento. Em segundo lugar, a historiografia atual ainda se ressente da necessidade de métodos e modelos próprios para a abordagem da história religiosa. Nesse sentido essa historiografia tem percorrido uma trajetória que parte da teologia à história eclesiástica e desta à Ciência das Religiões para, nos fins do século XIX, presenciar o aparecimento da História das Religiões. Acrescente-se, nesse panorama, uma tendência à autonomização em relação à teologia, com a incorporação dos estudos antropológicos sobre as "religiões primitivas", "práticas mágicas", como nos respectivos clássicos de Edward  B. Tylor e James Frazer, e na incorporação do amplo acervo da linguística, etnologia, sociologia e psicologia da virada do século. O destaque nesse caso dá-se nos estudos sociológicos de Émile Durkheim e Max Weber. Um segunda perspectiva adensa-se nas primeiras décadas do século XX, a fenomenológica, com sua morfologia e irredutível experiência do sagrado. Na década de 1960 despontou a contribuição de Clifford Geertz, que se afasta dos pressupostos filosóficos e teológicos para compreender a religião como um sistema cultural construído socialmente. No que tange à chamada história religiosa hoje, nos deparamos com a questão do enquadramento dos fenômenos religiosos nos contextos teórico-metodológicos das chamadas história social e história cultural, herdeiras dos desdobramentos dos Analles, pois se entende que a busca de sentido para a existência proporcionada pelas religiões carrega consigo a formatação de comportamentos, valores e práticas sociais diversas. Mais recentemente discute-se a relação entre a historia religiosa e a história cultural como elementos que se articulam e complementam guardando-se as autonomias, ou que tendem a se diluir numa história cultural. Na primeira vertente encontram-se aqueles como Michel de Certeau, que veem como objeto da história religiosa a busca de uma ordem ou organização mental própria. Ainda nessa linha tenciona-se refletir sobre o "agnosticismo" metodológico e consequências de ser o historiador crente ou não crente no ato da pesquisa em historia religiosa.


3-      O CONTATO DA CULTURA MATERIAL ARQUEOLÓGICA: VESTÍGIOS HISTÓRICOS EM SÍTIOS PRÉ-HISTÓRICOS

Ministrante:

Profª Drª Marcélia Marques  (FECLESC/UECE)

RESUMO

A coexistência de vestígios arqueológicos pré-históricos e históricos é bastante constatada nos mais diversos contextos paisagísticos. No Nordeste do Brasil, especialmente em zonas rurais, sítios arqueológicos de arte rupestre foram revisitados ou reutilizados por habitantes de sociedades contemporâneas, que também deixaram registros de cultura material nestes espaços outrora ocupados por populações pré-históricas. Em alguns dos sítios, a cruz, um emblema cristão, está presente e, de certa forma, afirma a sacralização e reconquista destes espaços no presente. Em outros, há registro de relatos envolvendo massacre indígena a partir de ossos aflorados na superfície num abrigo com arte rupestre. Diante destes contextos exemplificados, em que os documentos materiais (pré-histórico e histórico) evidenciam o contato entre diferentes populações, os recursos teóricos e técnico-metodológicos da Arqueologia Pré-histórica, da Historiografia, da Etnografia e da Etnohistória podem contribuir para o esclarecimento desta diversidade marcada espácio-temporalmente.  A preservação destes acervos ocorrerá na medida em que o respeito à permanência destes documentos materiais e destas práticas culturais, envolvendo diferentes temporalidades (passado e presente), possam ser assegurados tendo em vista a afirmação da diversidade cultural e do percurso histórico.


4. HISTÓRIA, CINEMA E REPRESENTAÇÃO: PARA PENSAR A PRODUÇÃO DOCUMENTARISTA CONTEMPORÂNEA.

Ministrante:

Prof. Ms.  Rodrigo Capistrano (FECLESC/UECE)

RESUMO

Nas últimas décadas o cinema tem contribuído bastante para o trabalho do historiador na investigação do processo de construção das mentalidades, capacitando o universo das fontes históricas e ampliando as possibilidades de compreensão do mundo. Este curso se deterá na investigação de parte da produção documentarista recente. Muitos filmes têm oferecido um conjunto de reflexões sobre o mundo que apresentam uma combinação de elementos que ultrapassam a mera condição de registro de uma realidade dada. As imagens se potencializam a partir do momento que conseguem afetar e serem afetadas pelo real, implodindo as fronteiras que antes delimitavam a separação de uma "fabulação ficcional" e a "realidade documental". Os documentários que apresentaremos no curso não imprimem as marcas do jogo binário de entendimento das relações sociais. Melhor dizendo, não determina nem impõe certezas sobre o mundo. A produção de vidas é construída a partir do lento caminhar dos processos, suscitando acontecimentos de maior ou menor impacto, seja entre os personagens que se apresentam ou entre os próprios realizadores, que também se arriscam frente às relações. Existe uma tendência para as abordagens particularizadas. É aqui que estabeleceremos diálogo com a micro-história.  Identificar na própria linguagem fílmica as possibilidades de investigação histórica é o que intentamos. Por isso, metodologicamente, nosso curso pretende se alicerçar na linguagem audiovisual e nos efeitos das representações imagéticas para auxiliar no ofício do historiador. Localizamos uma produção de documentários de nosso interesse tanto entre autores mais experientes e consagrados, como entre diretores de uma produção recente. Trechos de vários filmes deverão ilustrar as nossas aulas.


5-        "CANÇÕES DA DITADURA ENTRE A HISTÓRIA E A MEMÓRIA."  

Ministrante:
Prof. Ms. Edmilson Alves Maia Júnior/ (UECE/FECLESC)

RESUMO
     O mini-curso será espaço de investigação e de interpretação histórica de canções, artistas e "movimentos culturais" (tropicalismo, MPB, música de protesto, jovem guarda, música negra, música brega, rock nacional dos anos 80) do contexto de 1964-1985. O foco será a desconstrução de silêncios, rótulos e a reflexão sobre as complexas obras e percursos musicais e suas interações no período da ditadura. Buscamos problematizar as trajetórias dos artistas e suas músicas recuperando, assim, a historicidade das relações que viveram (com a Indústria Cultural, a resistência a ditadura, por exemplo), e suas contradições e repercussões. Para tanto, no mini-curso variadas formas de expressão serão discutidas: letra e música das canções, vídeos, fontes (entrevistas, jornais, programas de TV, vinis, cds etc) que ajudem a pensar a inserção dos artistas nesse processo histórico. Nossa proposta é balizada em boa medida pela definição teórico-metodológica do historiador Marcos Napolitano de que o pesquisador da música brasileira não deve se guiar por "questões de gosto pessoal" nem "reproduzir hierarquias consagradas" e sim fazer a análise concreta de como diferentes cantores, compositores e músicos atuaram na  sociedade e quais conflitos, projetos e desdobramentos podem ser vislumbrados. Pensamos os movimentos culturais a partir das diferentes experiências e memórias acerca da ditadura. Estamos em sintonia com autores, além do próprio Napolitano, que defenderam em suas análises
sobre a cultura e sociedade da ditadura a busca pela complexidade das relações e contradições do período com o entendimento dos mitos criados e suas intencionalidades. Autores como João Pinto Furtado, Gustavo Alonso, Paulo César de Araújo e Denise Rollemberg. Daí estudarmos diferentes canções do período da ditadura.

6- OS SENTIDOS DA MATERNIDADE

Ministrante:

Profa. Dra. Noélia Alves de Sousa (UECE/FECLESC)

RESUMO

O curso pretende discutir a elaboração cultural do chamado "mito do amor materno", assim como analisar como o sentimento de maternidade foi vivenciado de forma diferenciada em tempos em sociedades diferentes. Além disso, pretende-se analisar como a concepção da boa mãe era tratada em processos criminais em Fortaleza no início do século XX.

7- "A HISTÓRIA DO CEARÁ NOS LIVROS DIDÁTICOS E O COTIDIANO ESCOLAR"

Ministrantes:
Profa. Dra. Isaíde Bandeira da Silva (UECE/FECLEC)

RESUMO

O livro didático é um produto cultural e ao mesmo tempo um documento histórico que comporta vários outros documentos dentro do seu contexto social; além disso cada livro didático de História usado na Educação Básica é imbuído de uma proposta teórico-metodologica nos âmbitos das ciências Histórica e Educacional. Nesta perspectiva, é importante fazer algumas indagações, como: Há reflexos da revisão historiográfica e educacional na produção do Livro Didático Regional? Que aspectos precisam ser mais relevantes no Livro Didático Regional? É mais viável que a abordagem histórica de um livro didático regional parta da História macro para a micro, ou da micro intercalada com a macro? No Guia do Livro Didático do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), quantos Livros Didáticos Regionais que diz respeito à História do Ceará já foram recomendados? Assim, um dos objetivos deste minicurso é identificar como acontecem os processos de escolhas e usos dos livros didáticos de História do Ceará no cotidiano das escolas públicas. Tendo como referencial teórico as categorias de "apropriação" de Roger Chartier e "estratégias e táticas" de Micheal de Certeau.

 8- "GUERRA FRIA" E ESTADOS UNIDOS: ESTRATÉGIA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS (1945-1991)
Ministrantes:
Prof.Dr. Tacito Rolim (FECLESC/UECE)
Prof.  Marcos Túlio (FECLESC/UECE)

RESUMO

Ao investir numa avaliação mais criteriosa da contemporaneidade, percebemos a importância decisiva do período pós-guerra - ou "Guerra Fria" - no tocante a compreensão da segunda metade do "breve século XX", assim como nas relações internacionais que reverberam até os dias de hoje. Pretendemos abordar este período relacionando-o intimamente com um de seus atores centrais, a saber, os Estados Unidos da America (EUA), e mostrar como a dinâmica desenvolvida pela bipolarização do mundo - EUA versus URSS - afetou o planeta em escala global em seus mais diversos aspectos, como culturais, estéticos, econômicos, comportamentais e, notadamente, políticos. Doravante, traçaremos um panorama geral das relações internacionais, tendo por foco irradiador os EUA, e para tanto utilizaremos materiais coletados em jornais, revistas, mapas, memorandos e ofícios do Departamento de Estado dos EUA, dentre outros, e trechos de alguns filmes representativos da "Guerra Fria" e de alguns de seus períodos mais tensos, como "O Dia Seguinte" (1983), por exemplo.

OFICINA "SOBRE O LIVRO DIDÁTICO"

Ministrantes:
Prof. Dr. Sander Cruz Castelo (UECE/FECLESC)
Prof. Ms. Manoel Alves de Sousa
Prof. Ms. Airton de Farias

OBJETIVOS: A oficina oferecerá aos alunos da FECLESC, profissionais e estudiosos do ensino de História a possibilidade de trocar experiências com os autores de livros didáticos que tratam da História do Ceará e da História de Quixadá. É um momento de compartilhamento entre autores, professores e alunos sobre as vivências, sucessos e fracassos no ato de ensinar a História local. Estarão presentes os professores Sander Cruz Castelo (FECLESC-UECE), Manoel Alves de Sousa e Airton de Farias.

 APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS:

a)      Os resumos dos trabalhos propostos devem ser enviados a coordenação do encontro até 17 de maio de 2013.

b)      Os resumos devem ter no máximo 400 palavras. O cabeçalho  do texto deve conter o nome e o e-mail do proponente;

c)      Todos os participantes  deverão ter pago a taxa de inscrição para ter seu acesso liberado ao evento através do seu login cadastrado;

d)      Receberá certificado de comunicação somente aquele que tiver sua apresentação confirmada durante o encontro. O envio de trabalho completo para os Anais do evento deverá ser submetido até a data limite de 02 de agosto de 2013. Este deve ter no mínimo 12 páginas (Bibliografia inclusa), contendo:  Título; autor/coautores (caso haja); resumo e abstract (com, respectivamente, palavras-chave e keywords); fonte Times New Roman (12); espaçamento (1,5); citação no corpo do texto (AUTOR,ano, pág); notas de rodapé para explicação; bibliografia no fim do texto; citação com mais de quatro linhas, com recuo de 4 cm à esquerda, fonte tamanho 10 em itálico.

 Para mais informações:

http://conexaofeclesc-uece.blogspot.com.br/