O professor de Historia Contemporânea na Universidade de Tel Aviv, Sholomo Sand, nega que os judeus constituam um povo com uma origem comum e sustenta que foi uma cultura específica, e não a descendência de uma comunidade arcaica unida por laços de sangue, o instrumento principal da fermentação pré-nacional.

Em sinopse elaborada pela Livraria Saraiva o livro de Shlomo Sand, intitulado a Invenção do Povo Judeu, publicado no Brasil pela Editora Benvirá, apresenta a obra da seguinte forma: 

A invenção do povo judeu ficou 19 semanas na lista de mais vendidos em Israel, em 2008, e é alvo de polêmica acirrada onde quer que seja lançado. Neste trabalho iconoclasta, ao questionar a identidade dos judeus como nação, o historiador Shlomo Sand, ele mesmo judeu, sugere as bases para uma nova visão do futuro político da “Terra Prometida”. Amparado em farta pesquisa, o autor questiona o discurso historiográfico canônico e formula a tese de que os judeus sempre formaram comunidades religiosas importantes em diversas regiões do mundo, mas não constituem uma nação portadora de uma origem única. O conceito de estado-nação é, portanto, posto em xeque, assim como a ideia de Israel como um Estado pertencente aos judeus do mundo todo – aqueles que escolheram outra pátria em vez de retornar à terra de seus ancestrais. Para o autor, Israel deveria reconhecer seus habitantes, sejam eles israelenses ou palestinos. Publicado em dez línguas, este é um livro questionador, e por isso mesmo necessário, assim como todos os que se propõem a lançar novas luzes sobre a História e seus mitos.

O jornalista e escritor português Miguel Urbano Tavares Rodrigues, em artigo publicado no Jornal de Fato, apresenta uma excelente síntese do livro e aponta algumas descobertas recentes realizadas por historiadores e arqueólogos que desmentem os diversos mitos fundadores do Estado de Israel.

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