O Mestrado Acadêmico Intercampi em Educação MAIE/UECE terá sua primeira defesa de Dissertação do mestrando ANTONIO OZIÊLTON DE BRITO SOUSA, intitulada IDENTIDADES (DES)COLONIAIS NAS PRÁTICAS DE LETRAMENTO DO PROJOVEM CAMPO- SABERES DA TERRA, que contará com a seguinte Banca Examinadora: Profa. Dra. Claudiana Nogueira de Alencar (MAIE/UECE) - (Orientadora), Profa. Dra. Sandra Maria Gadelha de Carvalho(MAIE/UECE), Profa. Dra. Ana Lúcia Silva Souza (UNILAB) e Profa. Dra. Letícia Adriana Pires Ferreira dos Santos (UECE). A defesa ocorrerá no dia 05/03/2015,às 14h00min, no Auditório do Propgpq/UECE- Itaperi.
A dissertação é resultado de uma pesquisa que visou à analise de como ocorrem os processos de construção de identidades dos moradores do campo a partir das práticas linguísticas educacionais, considerando o letramento como uma interface entre linguagem e (des)colonialidade no Projovem Campo – Saberes da Terra na turma situada na comunidade Jurema dos Vieras, Ocara-CE.
Segundo Antonio Oziêlton "De modo geral, questionamos como se dão os processos de construção de identidades dos moradores do campo a partir das práticas linguísticas educacionais. Para esse fim, delimitamos para análise umcorpusconstituído por trechos do Projeto Base do Projovem e uma ampliação etnográfica composta por observação participante, notas de campo e entrevistas realizadas com os sujeitos que participam do Programa".
Para ele a pesquisa "alia uma compreensão sobre Educação do Campo aos Letramentos Críticos e à Análise de Discurso Crítica (ADC). Proporcionamos, também, a possibilidade da ampliação dos estudos na área da Educação por meio da articulação entre Educação do Campo com as temáticas da Identidade e da Descolonialidade".
E conclui afirmando que "Os processos de letramentos vivenciados nas práticas educacionais desenvolvidas no Projovem se materializaram tanto como representativas do modelo ideológico quanto do modelo autônomo, temos, assim, um espaço de disputas, onde os letramentos têm contribuído com os processos de opressão e libertação, colonialidade e descolonialidade. Portanto, embora o Projovem Campo seja um programa construído com base em diversas experiências dos povos do campo não chega a construir um processo emancipatório ou libertador semelhante ao que Freire postula, mas se constitui como uma iniciativa de mediação, na medida em que oferece as condições necessárias para que os sujeitos reflitam sobre a realidade em que estão inseridos".
Saiba mais
Antonio Oziêlton de Brito Sousa possui graduação em Letras - Português/Literatura - pela Universidade Estadual do Ceará - UECE (2009); Habilitação em Pedagogia pela Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA (2012); Especialização em Gestão Pública pela UECE (2012); Especialização em Gestão Escolar pala Faculdade Kurios - FAK (2011) e é mestrando do Mestrado Acadêmico Intercampi em Educação e Ensino - MAIE, pela UECE (FAFIDAM/FECLESC), desenvolvendo atividades como bolsista da CAPES na linha de pesquisa Trabalho, Educação e Movimentos Sociais. É membro do Núcleo Interdisciplinar de Estudos em Pragmática (NIPRA) e integra o Grupo de Estudos Por uma Pragmática Cultural: Cartografias Descoloniais e Gramáticas Culturais em Jogos de Linguagem do Cotidiano (PRAGMA CULT), vinculados ao Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada da UECE (PosLA). Foi vencedor do Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10 (2012). É professor efetivo da Educação Básica e presta serviços como professor da Educação Superior para o Instituto Dom José, vinculado à UVA. Tem experiência nas área de Linguística e Educação, com ênfase em Linguística Aplicada, Educação do Campo e Formação de Professores.