O Programa de Educação Tutorial (Grupo PET de História) promoverá até a próxima semana mais uma etapa do Ciclo de Debates e Conferências, com a realização de duas conferências e uma mesa-redonda. A primeira, no dia 05, tem como tema Gestão de Documentos para a Historiografia, proferida pelo professor Márcio de Souza Porto, Diretor Interino do Arquivo Público do Estado do Ceará. A conferência ocorrerá às 14h.
Segundo os organizadores a conferência tratará das "Reflexões sobre uma das principais razões de ser dos arquivos públicos, isto é, na dicotomia administração e história. Nesta dicotomia estão todas as fases do ciclo vital dos documentos, a Teoria das Três Idades, a Teoria dos Fundos Documentais e os princípios elementares da arquivística. Trata-se da função primordial dos Arquivos Permanentes ou Históricos, qual seja, a de recolher e tratar os documentos públicos após o cumprimento das funções para as quais foram produzidos e garantir a transição desses documentos da sua condição de “arsenal da administração” para a condição de “celeiro da história”. Apresentação do Guia de Fontes da Chefatura de Polícia da Província do Ceará (1826-1889) e do Projeto Memórias Reveladas: as lutas políticas no Ceará (1964-1985)".
Na segunda-feira (09) será realizada a mesa-redonda A História a partir das Coisas: alguns apontamentos e estudos sobre a Cultura Material, ministrada pela professora Luciana Meire Gomes Reges (UECE/FAFIDAM) e os bolsistas do PET, Anderson Coelho da Rocha e Francisca Fernanda dos Santos, que "objetiva debater a abordagem da Cultura Material nos estudos que tem como espacialidade o Vale do Jaguaribe, bem como suscitar questões de ordem teórica e metodológica acerca da produção historiográfica e os aspectos da materialidade na pluralidade de temáticas elencadas para o debate".
Na quarta-feira (11) será a vez do escritor e historiador José Dércio Braúna proferir a conferência A assombração da História: literaturas pós-coloniais e a releitura da História. Nessa conferência o autor discutirá "algumas estratégias que textos literários pós-coloniais – de autores como Salman Rushdie (indiano), Mia Couto (Moçambique), Pepetela (angolano), Chimamanda Ngozi Adichie e Chinua Achebe (nigerianos) – têm feito uso para reler e repensar a escrita da história de espaços que sofreram a ação colonizadora de metrópoles europeias. A partir de seus trabalhos de criação literária, esses autores têm propiciado interessantes discussões sobre a relação havida “entre as coisas duras e sérias que aparecem impressas nos livros e as coisas suaves e subtis que se alojam na alma”, como escreve Chimamanda num de seus contos".
Essas duas últimas atividades ocorrerão às 19h.