“Historia da Saúde e das Doenças: questões teóricas e metodológicas” foi o tema da palestra da aula inaugural do Mestrado Acadêmico em Historia (MAHIS), semestre 2012.1, que ocorreu nesta quarta-feira (18/04), no Auditório Paulo Petrola da Reitoria da Universidade Estadual do Ceará (Uece), Campus do Itaperi. 

A conferência foi ministrada pela Profa. Dra. Dilene Raimundo do Nascimento, do Programa de História da Ciência e da Saúde da Fundação Oswaldo Cruz - Casa de Oswaldo Cruz (COC-FIOCRUZ). Na ocasião, a professora Dilene lançou um livro, por ela organizado, em que consta um capítulo da Profa. Dra. Zilda Maria Menezes Lima, do corpo docente do MAHIS.  

A professora e pesquisadora Dilene Raimundo do Nascimento, da Fundação Oswaldo Cruz, é um dos maiores nomes no campo da História da Saúde e das Doenças no Brasil. Possui graduação em Medicina pela Faculdade de Medicina da Escola Técnico Educacional Souza Marques (1976), graduação em Serviço Social pela Universidade Federal Fluminense (1970), mestrado em Saúde Coletiva pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1991) e doutorado em História pela Universidade Federal Fluminense (1999). Atualmente é pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz e docente do programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde, da Casa de Oswaldo Cruz. Tem experiência na área de Medicina e da Saúde Pública, com ênfase em História da Medicina, atuando principalmente nos seguintes temas: história das doenças, política de saúde, representação social da doença, saúde pública e Brasil.

Sobre o livro:

Hanseníase: a voz dos que sofreram o isolamento compulsório
ISBN 9788573352795

Orgs :Dilene Raimundo do Nascimento
Vera Regina Beltrão Marques

Série Pesquisa
Biologia e Saúde

Hanseníase: A voz dos que sofreram o isolamento compulsório é uma coletânea bem elaborada por Dilene Raimundo do Nascimento e Vera Regina Beltrão Marques, onde podemos assistir à construção de narrativas que traduzem vários aspectos e diversos papéis assumidos pelo doente. No isolamento, o hanseniano enfrentou a busca de socialização, a capacidade de reinventar a vida, a impossibilidade forçada de exercer a maternidade e a paternidade, e a ciência, com suas medidas discriminatórias e repressoras. De vários lugares do Brasil este livro nos mostra experiências que se complementam, na associação entre memória individual e coletiva. Sobretudo, espelha o trabalho partilhado de reconstrução de memórias de vida, que a metodologia de História Oral possibilita, com a parceria entre pesquisador e narrador. A memória, substrato da narrativa, deve ser entendida como uma construção que regida pelo presente articula-o ao passado, em um processo de transformação das experiências a serem lembradas. Configura-se, sobretudo, um elemento propulsor de mudança. Narrar, desta forma, significa reviver e reconstruir. Os hansenianos, aqui ouvidos reviveram e reelaboraram experiências, e partilharam um aspecto da história das doenças até então pouco explorado, o que dá a obra um caráter singular e significante.

Fonte:  Informações: Mestrado de História, (85) 3101-9761, disponível em <http://www.uece.br/uece/index.php/lista-de-noticias/2187-um-dos-maiores-nomes-da-historia-da-saude-e-das-doencas-no-brasil-abre-o-mahis-da-uece>. Acesso: 19 abr. 2012.
EDITORA da UFPR. Disponível em <http://www.editora.ufpr.br/detalhe_lanc.php?_index=376>. Acesso: 19 abr. 2012.